segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Estudo indica que aprender nova língua faz cérebro crescer


Um estudo feito na Suécia indica que certas áreas do cérebro aumentam quando aprendemos novas línguas. Os pesquisadores estudaram recrutas das Forças Armadas do país de uma universidade e descobriram que aqueles que estudavam intensivamente, mas sem aprender uma língua estrangeira, não tinham mudanças no órgão.
O estudo das universidades Lund e Umea e das Forças Armadas analisou jovens recrutas e universitários. Eles tinham que aprender uma nova língua - as opções iam de árabe a russo - em um espaço de 13 meses. Eles estudavam da manhã à noite e até nos finais de semana para conseguir fluência em tempo.
Outro grupo, dessa vez estudantes de ciência da Universidade Umea, também estudou com afinco, mas não línguas estrangeiras. Eles tiveram os cérebros escaneados antes do início do experimento e após três meses. Os primeiros resultados indicam que o segundo grupo não teve alterações significativas no tamanho do cérebro. Já o primeiro teve aumento do hipocampo (ligado à memória, ao aprendizado e à orientação espacial) e outras três áreas no córtex cerebral.
"Ficamos surpresos ao ver diferentes áreas do cérebro desenvolvidas em diferentes graus dependendo do quão bem os estudantes se saíram e quanto esforço fizeram durante o curso", diz Johan Martensson, pesquisador de Lund.
Segundo os cientistas, os estudantes que tiveram maior capacidade de aprender outra língua tiveram as maiores mudanças no hipocampo. Já aqueles que tiveram que se esforçar mais tiveram um aumento maior nas áreas do córtex. Essas regiões têm relação com a facilidade de aprender uma nova língua.
Estudos anteriores já indicavam os benefícios de se aprender uma nova língua. Uma pesquisa indica que, por exemplo, grupos bilíngues ou multilíngues têm um desenvolvimento mais tardio do mal de Alzheimer. "Mesmo que nós não consigamos comparar um período de três meses de estudo de intensivo com um uma vida inteira bilíngue, existe uma grande indicação de que aprender novas línguas é um bom modo de manter o cérebro em forma", diz Martensson. [Fonte: Terra]

Exercícios podem estimular o cérebro a preservar a memória


Esse sim, é o órgão mais importante a ser exercitado! (Foto: iStock)
Ler, manter uma alimentação equilibrada, dormir bem, praticar exercícios físicos e realizar atividades mentais ajudam a preservar o bem-estar do cérebro. É importante que estejamos sempre alertas para perceber os pequenos sinais que indicam que nossa capacidade mental anda se deteriorando, como lapsos de memória, desatenção e baixa produtividade.

De acordo com o neurologista Leandro Teles, quanto mais você exercitar seu cérebro, melhor será o seu desempenho para resolver questões lógicas e problemas do dia a dia.

“São inúmeros os benefícios que os exercícios mentais podem proporcionar para o cérebro e para a saúde como um todo. Eles melhoram a capacidade de atenção, memória, linguagem e raciocínio. Esse tipo de atividade ajuda a prevenir e combater o declínio cognitivo e mesmo proteger contra doenças degenerativas, como o Alzheimer”, explica o neurologista.

Um cérebro sempre ativo é mais confiável e suporta mais sobrecargas eventuais de tarefas, gerando menos lapsos, brancos e erros de julgamentos. Por isso é importante buscar sempre atividades novas, ou mesmo fazer as coisas corriqueiras de modo diferente. A mudança de hábitos, como fazer caminhos diferentes quando for ao trabalho, estimular o paladar, vestir de olhos fechados, inverter a mão do mouse, etc... Isso  se transforma em desafios que estimulam o cérebro a se exercitar, sair da zona de conforto, criar alternativas, desautomatizando o processo mental do cotidiano. 

Conheça as sete dicas que vão ajudar o seu cérebro a se manter em forma:

1- Exercite o cérebro
Ao entrar numa sala cheia de gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os. Tente adivinhar quem está ao telefone antes de perguntar quem é, apenas pelo timbre da voz. Antes de dormir, escolha a situação mais importante do dia e reconstrua mentalmente em detalhes; logo ao acordar remonte seu sonho. Ao ouvir uma palavra diferente, pense em outras 5 começando com a mesma letra, escreva uma lista de supermercado e faça toda a compra sem olhar pra ela (conferindo apenas no final),etc... . Enfim, dê trabalho para seu cérebro no dia a dia, use a criatividade, tudo é válido para exercitar os neurônios. 

2- Durma bem
A falta de sono prejudica muito a memória. É mais difícil para as pessoas que convivem com esse problema memorizar dados, números e outras coisas. O sono é fundamental para fixação das atividades do dia anterior e prepara o cérebro para as atividades mentais do dia seguinte. Não deixe também de tirar aquela “soneca” depois do almoço, não mais que 30 – 40 minutos, para o cérebro ter um bom rendimento no período da tarde.

3- Jogos da memória
Jogos infantis, como da memória e quebra cabeças, exigem que o cérebro trabalhe a concentração. Compre um desses jogos e cronometre o tempo que você levou para encaixar as peças ou descobri-las. Depois, repita e veja o quanto você progrediu. Outros jogos que ajudam também são xadrez, palavras cruzadas, sudoku, dominó, jogos de perguntas & respostas e mesmo jogos de cartas.   

4- Evite bebidas alcoólicas
O álcool é um dos inimigos mais agressivos do cérebro. “O excesso de álcool leva à lesão direta dos neurônios, causando incoordenação motora e comprometimento intelectual.

5- Faça atividades físicas
O exercício físico regular melhora nosso cérebro por diversos motivos. Melhora nosso sono, melhora sintomas de ansiedade e depressão, promove a liberação de substâncias como endorfinas, serotonina e dopamina, melhorando a atenção, a concentração, a memória e o raciocínio. A atividade física reduz o peso, controla o diabetes e a hipertensão e reduz os níveis de colesterol, agredindo menos o cérebro por doenças dentro dos vasos. 

6- Hábitos saudáveis
Mantenha uma alimentação equilibrada, controle o seu peso, faça avaliação médica periódica e evite o tabagismo e outras drogas.   
“A melhor recomendação para manter uma boa memória é cuidar bem da sua saúde. Praticar exercícios, evitar cigarros, bebidas, dormir bem e colocar a cabeça para funcionar... viver a vida, não ficar passivo, busque sempre problemas para que seu cérebro não adormeça lentamente”, orienta o neurologista.

7- Leitura
Não tenha preguiça de ler. A leitura é uma das atividades cerebrais mais completas, pois estimula todo o processo da memória. Vivencie a leitura, remonte a história, visualize os personagens e as cenas. Leia livros, revistas, jornais, e-mails, cartas antigas, etc... [Fonte: Yahoo]

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Internet em excesso atrofia o cérebro, diz pesquisadora

Pesquisa conduzida nos EUA revela que jovens expostos a games violentos tem atividade cerebral modificada

A Internet e os games estão formando uma geração de crianças com dificuldade para pensar por si próprias. Quem diz isso é a farmacologista e baronesa britânica Susan Greenfield, 61, que dá uma palestra hoje em São Paulo. Susan reconhece que a tecnologia tem efeitos positivos. Mas afirma que ela pode, também, causar atrofia cerebral em crianças que dedicam tempo demais a jogos e Redes Sociais.
Suzan, que também esteve num evento ontem em Porto Alegre, costuma citar dois estudos em defesa das suas ideias. O primeiro, divulgado na publicação científica PLOS One, leva a assinatura de diversos cientistas chineses. Eles acompanharam 18 adolescentes viciados em internet. Examinando seus cérebros, notaram uma série de alterações morfológicas proporcionais ao tempo em que estiveram mergulhados no mundo virtual.
Outro estudo, liderado nos Estados Unidos pela cientista cognitiva Daphne Bavelier, foi publicado na revista Neuron. Seu foco são as mudanças comportamentais trazidas pela contínua exposição à tecnologia. A conclusão é que os videogames e a internet produzem alterações complexas no comportamento das pessoas, e não é fácil determinar o que é bom e o que é ruim nelas. Mas Daphne deixa claro que as mudanças existem e ficam gravadas no cérebro.
Outros cientistas destacam a incerteza apontada nessas pesquisas e criticam o fato de Suzan falar sobre o assunto sem realizar estudos aprofundados sobre ele. Um dos críticos é o britânico Ben Goldacre. Em seu blog, ele aponta que Suzan prefere falar à imprensa e ao parlamento britânico – onde ela ocupa uma cadeira na Câmara dos Lordes – em vez de escrever artigos científicos que seriam revisados e criticados por outros estudiosos.
Suzan respondeu a ele numa entrevista à revista New Scientist dizendo que os cientistas que negam os danos cerebrais causados pelo excesso de exposição à internet são como aqueles que “negavam os malefícios do fumo 20 anos atrás”. Para ela, se formos esperar pelas evidências científicas, será tarde demais para fazer alguma coisa de modo a evitar esses supostos efeitos nocivos.
E a solução, é claro, não é banir a tecnologia, como declarou Suzan à New Scientist: “Só restringir o acesso das crianças à internet não ajuda muito. Em vez disso, eu perguntaria: ‘O que podemos oferecer às crianças que seja ainda mais atraente e recompensador? Devemos planejar um ambiente 3D para elas em vez de colocá-las em frente a um que seja bidimensional.” [Fonte: Exame]


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Conheça quatro mitos sobre o funcionamento do cérebro humano



Getty Images

O cérebro humano é um dos organismos mais complexos do universo e apesar dos esforços dos cientistas, a massa cinzenta que habita nossas cabeças ainda guarda muitos mistérios.
Nos parágrafos a seguir, especialistas ouvidos pela BBC tentam, porém, romper com alguns mitos e inverdades a respeito do cérebro humano e do seu funcionamento.
"Usamos apenas 10% de nosso cérebro" 
Foi na década de 1970, quando estava na escola, que ouvi dizer, pela primeira vez, que nós usamos apenas 10% dos nossos cérebros.
"Que incrível", pensei. "Talvez haja uma maneira de conseguir acessar aqueles 90% de capacidade cerebral não utilizada. E o que não poderia ser feito com toda a minha massa cinzenta em ação?"
A ideia é absurda. Hoje, avanços em técnicas de mapeamento da atividade cerebral podem provar isso. 
"(Exames) funcionais de imagem demonstraram que há poucas partes do cérebro que não podem ser ativadas por algo", disse a professora Sophie Scott, do Institute of Cognitive Science do University College, London.

Mesmo fazendo algo simples, como fechando nossas mãos, usamos muito mais do que 10% do cérebro. Um exame funcional revela que vastas quantidades de células do cérebro entram em ação enquanto planejam e iniciam a contração dos músculos nos dedos e na palma.
"O cérebro tem um lado 'lógico' e um lado 'criativo'" 
Anatomicamente, o cérebro está dividido em duas metades - o hemisfério esquerdo e o direito. Existe uma certa divisão de trabalho entre elas.
"Existem grandes diferenças entre os lados esquerdo e direito do cérebro", diz Scott. 
"Mas não é o que as pessoas querem dizer quando usam esses termos no discurso comum". 
Lendo livros de auto-ajuda e cursos de administração de empresas, você fica com uma noção de que os dois hemisférios são entidades separadas.

O esquerdo tende a ser mostrado como a morada da lógica e da racionalidade. O direito tende a ser descrito como a fonte da intuição e da criatividade. Portanto, se você é uma pessoa lógica, usa mais o lado esquerdo. Se você é do tipo sensível e artístico, usa mais o lado direito.
De acordo com o mito, todos nós seríamos mais bem sucedidos e realizados se aprendêssemos a explorar o potencial total de ambos os hemisférios.
Scott diz que há diferenças na forma como indivíduos lidam com problemas e refletem sobre o mundo, mas isso não tem nada a ver com as diferentes relações de poder entre os dois hemisférios de seu cérebro.
"Algumas pessoas têm ótima capacidade de imaginação visual. Algumas têm boa imaginação auditiva. Existem muitas variações na forma como recebemos informações e as processamos.
"Mas reduzir isso a cérebro esquerdo 'lógico' e cérebro direito 'criativo' não reflete o que vemos no funcionamento do cérebro. Além disso, isso sugere que você poderia estar usando um hemisfério mais do que o outro e não é assim que funciona".
Os dois hemisférios se comunicam e trabalham juntos por meio de uma rede complexa de cabos fibrosos conhecida como o corpo caloso, ela explica. Eles são complementares e trabalham juntos.
"Lua cheia influi comportamento" 
Segundo a crença popular, a lua cheia está associada à insanidade - daí viria a palavra lunático. 


Entretanto, quando psicólogos e estatísticos estudaram o assunto, não conseguiram a influência da Lua sobre o cérebro humano e o comportamento.

Ou seja,  de que haja uma relação entre a ocorrência da lua cheia e acontecimentos como assaltos, prisões, suicídios, chamadas para números de emergência, internações psiquiátricas, envenenamentos e acidentes de automóvel.
Eric Chudler, responsável por vários estudos sobre o assunto, disse: "A maioria das informações - e houve muitos estudos - indica que não existe uma associação entre a fase da Lua e quaisquer desses comportamentos anormais".
Muitos dos que acreditam no mito da lua cheia são policiais ou profissionais de saúde, profissionais que frequentemente presenciam acontecimentos perturbadores.
Chudler sugere que quando esses eventos traumáticos ocorrem, pessoas nessas profissões estão mais inclinadas a notar lua cheia brilhando no céu do que as mais modestas luas crescentes ou meias luas.
Como resultado, eles apenas fazem associações entre fase da Lua e incidentes anômalos quando a Lua está em sua fase mais óbvia e simbolicamente significativa.
"Ouvir Mozart torna você mais inteligente" 
O compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart é central a uma teoria que floresceu na década de 1990 e que levou muitos a acreditar que tocar peças do músico para crianças melhoraria o desenvolvimento de seus cérebros, tornando-as mais inteligentes.
Muitas vezes, mitos são criados com base em fatos reais. Este em particular teve origem em um estudo publicado pela revista científica Nature em 1993.
A pesquisa descreveu um experimento no qual estudantes de uma universidade na Califórnia realizaram uma série de tarefas.
Os voluntários que ouviram uma peça de Mozart antes de fazer os testes se saíram um pouco melhor do que os que ouviram músicas para relaxamento ou não ouviram nada.
O efeito positivo da sonata de Mozart sobre o desempenho dos estudantes desapareceu após cerca de 15 minutos. 


Dois anos mais tarde, a mídia havia transformado as observações do estudo em uma teoria segundo a qual tocar Mozart para crianças jovens melhorava sua inteligência.

Empresas começaram a vender CDs do gênio austríaco a famílias com crianças. Em 1998, nos Estados Unidos, o Estado da Geórgia distribuiu CDs de Mozart para mães com bebês recém-nascidos.
Alguns criaram teorias de que as estruturas musicais das composições de Mozart exerciam uma influência biológica sobre as conexões nervosas do cérebro.
Em estudos posteriores, a verdade acabou se mostrando bem mais prosaica: Especialistas concluíram que qualquer música estimulante tocada antes de uma série de exercícios mentais torna você mais alerta e entusiasmado, então seu desempenho melhora.[Fonte: IG]

Crianças criadas com afeto têm maior hipocampo


Getty Images - Pesquisadores mostraram que afeto pode provocar mudanças anatômica no cérebro

As crianças criadas com afeto têm o hipocampo - área do cérebro encarregada da memória - quase 10% maior que as demais, revela um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" ("PNAS").


A pesquisa, realizada por psiquiatras e neurocientistas da Universidade Washington de Saint Louis, "sugere um claro vínculo entre a criação e o tamanho do hipocampo", explica a professora de psiquiatria infantil Joan L. Luby, uma das autoras.

Para o estudo, os especialistas analisaram imagens cerebrais de crianças com idades entre 7 e 10 anos que, quando tinham entre 3 e 6 anos, foram observados em interação com algum de seus pais, quase sempre com a mãe.
Foram analisadas imagens do cérebro de 92 dessas crianças, algumas mentalmente saudáveis e outras com sintomas de depressão. As crianças saudáveis e criadas com afeto tinham o hipocampo quase 10% maior que as demais. "Ter um hipocampo quase 10% maior é uma evidência concreta do poderoso efeito da criação", ressalta Luby.
A professora defende que os pais criem os filhos com amor e cuidado, pois, segundo ela, isso "claramente tem um impacto muito grande no desenvolvimento posterior".
Durante anos, muitas pesquisas enfatizaram a importância da criação, mas quase sempre focadas em fatores psicossociais e no rendimento escolar. O trabalho publicado nesta segunda-feira, no entanto, "é o primeiro que realmente mostra uma mudança anatômica no cérebro", destaca Luby.
Embora em 95% dos casos estudados as mães biológicas tenham participado do estudo, os pesquisadores indicam que o efeito no cérebro é o mesmo se o responsável pelos cuidados da criança é o pai, os pais adotivos ou os avós.[Fonte: IG]

Adolescentes que sofrem maus-tratos na infância têm estrutura cerebral alterada


Pesquisadores descobriram que maus-tratos durante a infância geram alterações na estrutura do cérebro. Eles observaram que adolescentes com histórico de maus-tratos apresentavam rupturas na substância branca, uma parte do cérebro que transmite sinais de uma região cerebral para outra. De acordo com novo estudo, estas alterações estruturais podem servir para a detecção de problemas futuros na vida destes adolescentes, como depressão e dependência química.
Dois neurocientistas da Universidade do Texas e Escola de Medicina Meharry analisaram por cinco anos imagens cerebrais de 19 adolescentes que sofreram maus-tratos na infância e compararam com imagens de outros 13 sem histórico de abusos. Os resultados revelaram que adolescentes com experiências de abusos apresentavam um número muito maior de sequelas microscópicas na substância branca do que aqueles que não sofreram maus-tratos.
A substância branca funciona como uma espécie de “linha” que conecta diferentes regiões do cérebro. Os pesquisadores analisaram justamente as regiões de substância branca que seriam como “estradas” que conectam rapidamente uma região cerebral com outra.
De acordo com os pesquisadores, estas diversas rupturas prejudicam a comunicação entre as áreas do cérebro, podendo afetar várias funções cerebrais. “Com base nas regiões onde ocorrem as rupturas na substância branca, podemos prever problemas em processos cognitivos durante o stress e também de linguagem”, disse ao iG, Hao Huang, da Universidade do Texas e um dos autores do estudo publicado no periódico cientifico Neuropsychopharmacology.
Os pesquisadores ainda não sabem exatamente que mecanismos fazem com que haja rupturas na substância branca. Hao afirma que também é possível que a substância escura seja afetada em casos de maus-tratos na infância. Ainda é preciso replicar o estudo em análises mais abrangentes e com mais voluntários, porém, para ele, a grande importância do estudo está em poder prever problemas futuros.

“Uma vez que as perturbações da substância branca em jovens "saudáveis" é associada com o risco do desenvolvimento de depressão e dependência química, acreditamos que ressonâncias podem identificar jovens que correm risco de desenvolver esses transtornos e, assim, torná-los alvo das intervenções preventivas antes mesmo que estes transtornos se manifestem “, disse.[Fonte: IG]



Cientistas criam técnica para registrar atividade cerebral


A fluorescência que identifica as conexões das células também durou o mesmo período de tempo . Foto: Jeff Lichtman
Para rastrear os caminhos mais longos que interligam diferentes regiões do cérebro, neurocientistas da Universidade de Harvard desenvolveram um método genético que registrou atividades do cérebro de ratos transgênicos por meio de cores.
Até 90 tonalidades distintas foram identificadas nas imagens que mostram combinações de apenas três proteínas fluorescentes ativadas nos neurônios dos animais.
O projeto é chamado de “Brainbow”, uma mistura de cérebro com arco-íris, devido ao colorido das imagens. Segundo os responsáveis pela pesquisa, a técnica pode ajudar a comunidade científica a descobrir mais sobre atividades cerebrais, além de auxiliar na investigação de doenças do sistema nervoso.[Fonte: IG]

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A facilidade e a rapidez com que se encontram informações na internet estão transformando nossa memória e a forma como processamos o conhecimento


GOOGLE: COMO ELE AFETA O CÉREBRO - Acesse Veja Digital e Leia o Artigo - Veja, 20 de julho de 2011 - Edição 2226.

Inglesa de 4 anos tem QI próximo ao de Einstein e Stephen Hawking



Aos dois anos, Heidi Hankins lia livros indicados para crianças de sete anos de idade
Foto: Daily Mail/Reprodução
Uma menina britânica de quatro anos foi aceita na Mensa, sociedade inglesa internacionalmente conhecida por ser formada por pessoas de alto QI. Segundo o jornal Daily Mail, o nível de inteligência da pequena Heidi Hankins é de 159, apenas um ponto abaixo do cientista Stephen Hawking e do legendário Albert Einstein.
O teste, desenvolvido especialmente para crianças da sua idade com uma mistura de quebra-cabeças e jogos com palavras, foi aplicado em Heidi depois que professores de sua creche disseram que estavam tendo dificuldades em encontrar atividades que fossem desafiar suas capacidades. O resultado impressionou os examinadores, que afirmam que a média de pontuação para um adulto é 100, e para alguém "abençoado", 130.
Heidi, que já sabe somar, subtrair, desenhar figuras e escrever frases, costumava ler livros para crianças com sete anos quando tinha apenas dois anos de idade. O pai da menina, Matthew Hants, professor da Universidade de Southampton, contou que estava curioso sobre o QI da filha antes de cogitarem um resultado tão alto. "Eu dei a ela de presente o kit completo de livros educativos da Oxford Reading Tree e ela leu os 30 livros em uma hora", conta.[Fonte: Terra]

Cientista espera que Stephen Hawking consiga 'falar' com a mente



Retrato mostra o físico britânico em seu escritório, na Universidade de Cambridge 
Foto: Sarah Lee/London Science Museum/AFP
Philip Low, neurocientista de 32 anos e executivo-chefe de uma empresa de San Diego (EUA), espera fazer com que o físico Stephen Hawking consiga, neste sábado, se comunicar de uma maneira mais fácil - e, a partir dessa experiência, quer revolucionar a forma com que pessoas com problemas parecidos tenham como externar seus desejos e pensamentos - além de ajudar em condições como apneia do sono e depressão. Low usará em Hawking um equipamento portátil chamado iBrain, que lê as ondas cerebrais sem a necessidade de eletrodos ou cabos. O americano espera que o equipamento decodifique o pensamento do britânico e transforme a simples tarefa de pensar em letras ou palavras em fala sintetizada por um computador. O teste ocorrerá na Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
Como Hawking fala hoje 
Hawking ficou conhecido no meio científico por seu pioneirismo no estudo dos buracos negros e do Big Bang e fez fama em todo o mundo por seus populares livros sobre ciência para leigos e por sua história de vida. O britânico sofre de uma doença que lhe tirou os movimentos do corpo. Os médicos chegaram a dizer que o cientista viveria poucos anos, mas, mesmo assim, Hawking conseguiu chegar aos 70.

Em 1985, ele perdeu a fala devido a uma traqueostomia. O especialista em computadores Walt Woltosz criou então a conhecida cadeira de Hawking, que faz com que ele consiga escolher letras em uma tela simplesmente piscando um olho (hoje, ele apenas movimenta parte do rosto) e um sintetizador fala pelo físico.
O computador usado é trocado cerca de uma vez por ano por um mais recente e já conta com internet 3G. Curiosamente, durante anos Hawking não aceitou atualizar o sistema operacional, já que seu programa preferido de voz (Equalizer by Words-Plus) só funcionava em DOS. Foi a Intel que converteu o software para Windows para que o britânico pudesse usar.
A cadeira ainda conta com poderosas baterias, similares às de carro, para que o professor de Cambridge mantenha suas viagens. Ela ainda tem programas que permitem a Hawking fazer ligações, controlar as portas, luzes e itens eletrônicos (TV e aparelho de som, por exemplo) do trabalho e de casa.
Como os cientistas esperam que Hawking se comunique 
O iBrain faz parte de uma nova geração de equipamentos portáteis e algoritmos que monitoram a atividade cerebral e diagnosticam condições como apneia do sono, depressão e autismo. Criado por Low, o aparelho seria uma alternativa aos eletrodos e cabos usados em laboratórios e coletaria dados em tempo real enquanto o paciente faz coisas comuns do dia a dia - como ver TV ou dormir.

"A ideia é que Stephen possa usar a sua mente para criar um padrão consistente e repetível para o computador traduzir em, digamos, uma palavra ou letra ou um comando", diz o pesquisador ao jornal The New York Times.
Os cientistas viajaram para o escritório do britânico em Cambridge e colocaram o aparelho em Hawking. Eles então pediram para que o físico imaginasse que estava apertando uma bola com a mão direita. "Claro que ele não consegue movimentar sua mão, mas o córtex motor no seu cérebro ainda pode emitir o comando e gerar ondas elétricas", diz Low. Um algoritmo conseguiu distinguir os pensamentos de Hawking das ondas cerebrais que não interessavam.
A ideia tenta ajudar o famoso físico britânico a continuar se comunicando. Após cinco décadas de luta contra a doença, Hawking agora precisa de sensores cada vez mais precisos para captar seus cada vez mais diminutos movimentos faciais. Low espera assim ajudar uma das mentes que mais fascinam o mundo atual a não ficar presa ao próprio corpo, que deve perder em breve a capacidade de movimentar os poucos músculos da face que ainda comanda.[Fonte: Terra]

Cérebro diferente pode explicar facilidade de homens em exatas



Pesquisa concluiu que homens pensam mais com a área cinzenta do cérebro, enquanto mulheres usam mais a parte branca do órgão
Foto: Getty Images
Em uma sala de aula de qualquer faculdade de informática, física, engenharia ou matemática, é evidente a predominância de estudantes do sexo masculino. Em compensação, cursos de comunicação e letras têm vagas preenchidas por mulheres, na sua maioria. Essa facilidade em uma ou outra área pode ter origem também biológica.
Segundo Bruno Campello de Souza, professor do pós-graduação no programa de psicologia cognitiva da Universidade Federal de Pernambuco, homens e mulheres têm algumas diferenças anatômicas no cérebro, o que pode explicar algumas diferenças funcionais - no caso, a facilidade para exatas. "Os homens vão ter vantagens em relação a raciocínio espacial e geométrico. De um modo geral, são melhores em tarefas geométricas", exemplifica.
Por outro lado, mulheres aprendem a ler e escrever mais cedo e, em geral, conta Souza, "são mais eficientes em tarefas envolvendo palavras e significados". Elas também têm maior facilidade de recuperar a fala depois de acidentes com traumas em regiões responsáveis por essa função. Isso não tem explicação científica definitiva, mas estudos mostram que homens têm o cérebro bem maior do que as mulheres - com algo em torno de 4 bilhões de neurônios a mais -, enquanto o corpo caloso, parte responsável pela comunicação entre os hemisférios cerebrais, é mais desenvolvido nelas. "A gente imagina que essas diferenças anatômicas devam resultar em diferenças funcionais, mas de que maneira não está claro ainda", conta o pesquisador.
Um estudo feito pela Universidade da Califórnia e pela Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, aponta que uma das razões pelas quais homens e mulheres teriam diferentes desempenhos nas áreas de humanas e exatas pode, sim, ser biológica. A pesquisa concluiu que homens pensam mais com a área cinzenta do cérebro, enquanto mulheres usam mais a parte branca do órgão. A cinzenta é a área mais relacionada com o processamento de informações, e a branca, com a comunicação.
Outro ponto interessante apontado por Souza é que até certa idade escolar, perto do fim da infância, meninas apresentam desempenho mais satisfatório em todas as áreas, inclusive nas exatas, mas que esse quadro se inverte quando chega a puberdade. Ricardo Camelier, professor de matemática da escola e do cursinho pré-vestibular QI, do Rio de Janeiro, diz que percebe, em geral, um maior empenho das meninas em sala de aula e, consequentemente, melhores notas. Ele, que também leciona no curso de física da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirma que há ainda uma predominância masculina nas faculdades ligadas às exatas.
Ainda que haja mais facilidade masculina nas disciplinas de matemática e física, Souza deixa claro que fatores culturais e outras variáveis como o ambiente no qual a criança se desenvolve são determinantes na hora de escolher um curso superior.
Portanto, a maior facilidade em uma área não é a questão mais importante na hora de escolher uma carreira. Ele dá um exemplo próximo: "Eu tenho uma irmã mais nova que é engenheira. Geralmente, as meninas não se interessam por isso, mas como nasceu em uma família de engenheiros, ela fez engenharia, mestrado na área, e agora faz doutorado no Canadá. Então, esse elemento ambiental exerce grande influência".[Fonte: Terra]

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Novas evidências indicam que a meditação fortalece o cérebro


Pesquisadores dizem que meditação permite processamento mais rápido de informações
Pesquisadores americanos descobriram mais evidências de que meditar fortalece o cérebro.
Estudos anteriores feitos pela Universidade da Califórnia (UCLA), nos Estados Unidos, já haviam sugerido que meditar durante anos torna o cérebro mais espesso e fortalece conexões entre células cerebrais.

O cientista Eileen Luders e seus colegas do Laboratory of Neuro Imaging da UCLA dizem ter encontrado indícios de que pessoas que meditam durante muitos anos têm quantidades maiores de dobras no córtex cerebral do que pessoas que não meditam. Isso poderia acelerar o processamento de informações.As novas pesquisas feitas pela mesma equipe californiana revelaram ainda mais benefícios associados à prática. Os resultados foram publicados pela revista Frontiers in Human Neuroscience.

A equipe também encontrou uma relação direta entre a quantidade de dobras e o número de anos durante os quais a pessoa meditou.
Isso pode talvez ser mais uma prova da neuroplasticidade do cérebro - a habilidade do órgão de se alterar, ou se adaptar, em resposta a estímulos externos.

Córtex

O córtex é a camada externa do cérebro e tem papel fundamental na memória, atenção, pensamento e consciência.
Os dobramentos corticais são o processo pelo qual a superfície do cérebro se altera para criar sulcos e dobras. Sua formação pode promover e melhorar os processos nervosos.
Presume-se, portanto, que quanto mais dobras se formam, maior a capacidade do cérebro de processar informações, tomar decisões e formar memórias.
"Em vez de simplesmente comparar pessoas que meditam com as que não meditam, queríamos ver se havia uma relação entre a quantidade de prática da meditação e o grau de alteração do cérebro", disse Luders. "Quer dizer, associar o número de anos de meditação com a incidência das dobras".

Testes

Os pesquisadores fizeram exames de ressonância magnética em 50 praticantes de meditação - 28 homens e 22 mulheres. Esse grupo foi comparado a outro, de não praticantes, com idade e sexo equivalentes.
Os praticantes haviam meditado em média 20 anos. Os tipos de meditação eram variados, entre eles, Zen e Vipassana.
A equipe disse ter encontrado grandes diferenças na incidência das dobras em participantes que praticavam meditação.
Para os pesquisadores, a revelação mais interessante foi a correlação positiva entre o número de anos de meditação e a quantidade de dobras, especialmente em uma estrutura do cérebro conhecida como ínsula.
Sabe-se que essa estrutura está associada às emoções humanas. E que lesões na ínsula podem resultar em apatia, perda de libido e alterações na memória.
"Talvez (a descoberta) mais interessante tenha sido a relação positiva entre o número de anos de meditação e a quantidade de dobramentos insulares".

Emoção e raciocínio

Luders mencionou estudos anteriores que indicam que a ínsula funcionaria como um integrador entre a emoção e o raciocínio.
"Pessoas que meditam são conhecidas por serem mestras em introspecção e consciência, assim como em controle emocional e autorregulação, então os resultados fazem sentido - quanto mais tempo alguém medita, maior a a incidência das dobras na ínsula".
Luders adverte que fatores genéticos e ambientais podem ter contribuído para os efeitos observados.
Ainda assim, "a relação positiva entre as dobras e o número de anos de prática dá suporte à ideia de que a meditação aumenta a incidência das dobras". [Fonte: BBC Brasil]

Aprender segunda língua pode aumentar poder do cérebro, dizem cientistas


O tronco cerebral reagiu mais no caso de estudantes capazes de falar duas línguas, dizem pesquisadores
Aprender uma segunda língua pode aumentar o poder do cérebro, segundo pesquisadores americanos.
Os cientistas da Northwestern University dizem que o bilinguismo é uma forma de treinamento do cérebro - uma "ginástica" mental que apura a mente.

Especialistas dizem que o estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences fornece evidências "biológicas" para isso.Falar duas línguas afeta profundamente o cérebro e muda a forma como o sistema nervoso reage ao som, segundo revelaram testes de laboratório.

A equipe de pesquisadores monitorou as respostas do cérebro de 48 estudantes voluntários saudáveis - 23 dos quais bilíngues - a sons diferentes.
Foram usados eletrodos no couro cabeludo para traçar o padrão das ondas cerebrais.
Sob condições laboratoriais silenciosas, os dois grupos - o bilíngue e o de alunos que somente falavam inglês - responderam da mesma forma.
Mas em um contexto de conversa barulhenta, o grupo bilíngue foi muito superior em processar os sons.
Eles eram mais capazes de sintonizar informações importantes - a voz do orador - e bloquear outros ruídos que distraem - as conversas de fundo.

'Poderoso' benefício

As diferenças de resposta dos dois grupos foram visíveis no cérebro. As reações do tronco cerebral dos que falam duas línguas foram intensificadas.
De acordo com a professora Nina Kraus, que coordenou a pesquisa, "a experiência do bilíngue é aprimorada, com resultados sólidos em um sistema auditivo que é altamente eficiente, flexível e focado no seu processamento automático de som, especialmente em condições complexas de escuta".
A pesquisadora e co-autora do estudo Viorica Marian disse: "As pessoas fazem palavras cruzadas e outras atividades para manter suas mentes afiadas. Mas as vantagens que temos descoberto em falantes de mais de uma língua vêm simples e automaticamente de conhecerem e usarem dois idiomas".
"Parece que os benefícios do bilingüismo são particularmente poderosos e amplos, e incluem a atenção, seleção e codificação de som", completou
Músicos parecem ganhar um benefício semelhante quando ensaiando, dizem os pesquisadores.
Pesquisas anteriores também sugerem que ser bilíngue pode ajudar a afastar a demência.[Fonte: BBC Brasil]

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Internet tem efeito similar ao de drogas ou álcool no cérebro, diz pesquisa


Estudo mostrou alterações no cérebro de viciados em internet
Viciados em internet têm alterações similares no cérebro àqueles que usam drogas e álcool em excesso, de acordo com uma pesquisa chinesa.
Cientistas estudaram os cérebros de 17 jovens viciados em internet e descobriram diferenças na massa branca - parte do cérebro que contém fibras nervosas - dos viciados na rede em comparação a pessoas não-viciadas.

"Os resultados também indicam que o vício em internet pode partilhar mecanismos psicológicos e neurológicos com outros tipos de vício e distúrbios de controle de impulso", disse o líder do estudo Hao Lei, da Academia de Ciências da China.A análise de exames de ressonância magnética revelou alterações nas partes do cérebro relacionadas a emoções, tomada de decisão e autocontrole.

Computadores

A pesquisa analisou o cérebro de 35 homens e mulheres entre 14 e 21 anos. Entre eles, 17 foram classificados como tendo Desordem de Dependência da Internet, após responder perguntas como "Você fez repetidas tentativas mal-sucedidas de controlar, diminuir ou suspender o uso da internet?"
Os resultados então descritos na publicação científica Plos One, que poderiam levar a novos tratamentos para vícios, foram similares aos encontrados em estudos com viciados em jogos eletrônicos.
"Pela primeira vez, dois estudos mostram mudanças nas conexões neurais entre áreas do cérebro, assim como mudanças na função cerebral, de pessoas que usam a internet ou jogos eletrônicos com frequência", disse Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King's College, em Londres.
O estudo chinês também foi classificado de "revolucionário" pela professora de psiquiatria do Imperial College London Henrietta Bowden-Jones.
"Finalmente ouvimos o que os médicos já suspeitavam havia algum tempo, que anormalidade na massa branca no córtex orbitofrontal e outras áreas importantes do cérebro está presente não apenas em vícios nas quais substâncias estão envolvidas, mas também nos comportamentais, como a dependência de internet." [Fonte: BBC Brasil]