quarta-feira, 22 de junho de 2016

Imagens digitais revelam diferenças nos cérebros de adolescentes problemáticos


Os cientistas descobriram que o cérebro dos adolescentes que apresentam sérios comportamentos antissociais se desenvolveu de forma diferente do cérebro dos jovens cujo comportamento é normal.
O estudo cerebral (baseado em imagens de ressonância magnética) sugere que o transtorno de conduta, um problema reconhecido por psiquiatras, é muito mais do que uma mera descrição da rebeldia típica do adolescente.
Os cientistas compararam a espessura das diferentes regiões dos cérebros de um grupo de jovens — alguns deles haviam sido diagnosticados com transtorno de conduta.
Eles encontraram evidências de alterações na estrutura cerebral, relacionadas com o transtorno de conduta, que se caracteriza por problemas comportamentais persistentes, tais como agressão, violência, mentira, roubo e uso de armas.
“Os indivíduos que desenvolveram transtornos de conduta logo nos primeiros anos da infância, e aqueles que foram diagnosticados mais tarde, durante a adolescência, apresentaram padrões diferentes de desenvolvimento do cérebro.”
Dr. Graeme Fairchild, do Departamento de Psicologia da Universidade de Southampton, disse: “As diferenças que vemos entre adolescentes saudáveis e aqueles com ambas as formas de transtornos de conduta mostram que a maior parte do cérebro está envolvida, especialmente as regiões frontais e temporais.”
“Isso fornece evidência extremamente convincente de que o transtorno de conduta é um transtorno psiquiátrico real e não — como alguns especialistas afirmam — apenas uma forma exagerada da rebeldia do adolescente.”
“É necessário que se façam mais pesquisas para investigar como usar esses resultados para ajudar clinicamente esses jovens e examinar os fatores que produzem esse padrão anormal de desenvolvimento do cérebro como, por exemplo, a exposição precoce às adversidades.”
Os cientistas usaram imagens de ressonância magnética (MRI) para ver se as diferentes regiões do cérebro eram semelhantes ou diferentes em termos de espessura.
As regiões dos cérebros dos adolescentes que desenvolveram transtornos de conduta logo nos primeiros anos da infância apresentavam semelhanças notáveis entre si.
Em contraste com isso, as regiões dos cérebros dos adolescentes que desenvolveram transtornos de conduta durante a adolescência apresentaram muito menos semelhanças do que as existentes entre indivíduos “normais”.
Em ambos os casos, acredita-se que as descobertas revelam que os problemas de desenvolvimento do cérebro estão associados aos transtornos de conduta, diagnosticados em diferentes etapas da vida.
Primeiro, os pesquisadores estudaram 58 adolescentes do sexo masculino e jovens adultos com transtorno de conduta, e 25 indivíduos “típicos” com idade entre 16 e 21 anos.
Suas descobertas foram replicadas em 37 indivíduos com transtorno de conduta e 32 pessoas "saudáveis”, todas do sexo masculino e com idade entre 13 e 18 anos.
Os resultados foram publicados no Journal of Child Psychology and Psychiatry.[Fonte: Yahoo]

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