segunda-feira, 9 de julho de 2012

A facilidade e a rapidez com que se encontram informações na internet estão transformando nossa memória e a forma como processamos o conhecimento


GOOGLE: COMO ELE AFETA O CÉREBRO - Acesse Veja Digital e Leia o Artigo - Veja, 20 de julho de 2011 - Edição 2226.

Inglesa de 4 anos tem QI próximo ao de Einstein e Stephen Hawking



Aos dois anos, Heidi Hankins lia livros indicados para crianças de sete anos de idade
Foto: Daily Mail/Reprodução
Uma menina britânica de quatro anos foi aceita na Mensa, sociedade inglesa internacionalmente conhecida por ser formada por pessoas de alto QI. Segundo o jornal Daily Mail, o nível de inteligência da pequena Heidi Hankins é de 159, apenas um ponto abaixo do cientista Stephen Hawking e do legendário Albert Einstein.
O teste, desenvolvido especialmente para crianças da sua idade com uma mistura de quebra-cabeças e jogos com palavras, foi aplicado em Heidi depois que professores de sua creche disseram que estavam tendo dificuldades em encontrar atividades que fossem desafiar suas capacidades. O resultado impressionou os examinadores, que afirmam que a média de pontuação para um adulto é 100, e para alguém "abençoado", 130.
Heidi, que já sabe somar, subtrair, desenhar figuras e escrever frases, costumava ler livros para crianças com sete anos quando tinha apenas dois anos de idade. O pai da menina, Matthew Hants, professor da Universidade de Southampton, contou que estava curioso sobre o QI da filha antes de cogitarem um resultado tão alto. "Eu dei a ela de presente o kit completo de livros educativos da Oxford Reading Tree e ela leu os 30 livros em uma hora", conta.[Fonte: Terra]

Cientista espera que Stephen Hawking consiga 'falar' com a mente



Retrato mostra o físico britânico em seu escritório, na Universidade de Cambridge 
Foto: Sarah Lee/London Science Museum/AFP
Philip Low, neurocientista de 32 anos e executivo-chefe de uma empresa de San Diego (EUA), espera fazer com que o físico Stephen Hawking consiga, neste sábado, se comunicar de uma maneira mais fácil - e, a partir dessa experiência, quer revolucionar a forma com que pessoas com problemas parecidos tenham como externar seus desejos e pensamentos - além de ajudar em condições como apneia do sono e depressão. Low usará em Hawking um equipamento portátil chamado iBrain, que lê as ondas cerebrais sem a necessidade de eletrodos ou cabos. O americano espera que o equipamento decodifique o pensamento do britânico e transforme a simples tarefa de pensar em letras ou palavras em fala sintetizada por um computador. O teste ocorrerá na Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
Como Hawking fala hoje 
Hawking ficou conhecido no meio científico por seu pioneirismo no estudo dos buracos negros e do Big Bang e fez fama em todo o mundo por seus populares livros sobre ciência para leigos e por sua história de vida. O britânico sofre de uma doença que lhe tirou os movimentos do corpo. Os médicos chegaram a dizer que o cientista viveria poucos anos, mas, mesmo assim, Hawking conseguiu chegar aos 70.

Em 1985, ele perdeu a fala devido a uma traqueostomia. O especialista em computadores Walt Woltosz criou então a conhecida cadeira de Hawking, que faz com que ele consiga escolher letras em uma tela simplesmente piscando um olho (hoje, ele apenas movimenta parte do rosto) e um sintetizador fala pelo físico.
O computador usado é trocado cerca de uma vez por ano por um mais recente e já conta com internet 3G. Curiosamente, durante anos Hawking não aceitou atualizar o sistema operacional, já que seu programa preferido de voz (Equalizer by Words-Plus) só funcionava em DOS. Foi a Intel que converteu o software para Windows para que o britânico pudesse usar.
A cadeira ainda conta com poderosas baterias, similares às de carro, para que o professor de Cambridge mantenha suas viagens. Ela ainda tem programas que permitem a Hawking fazer ligações, controlar as portas, luzes e itens eletrônicos (TV e aparelho de som, por exemplo) do trabalho e de casa.
Como os cientistas esperam que Hawking se comunique 
O iBrain faz parte de uma nova geração de equipamentos portáteis e algoritmos que monitoram a atividade cerebral e diagnosticam condições como apneia do sono, depressão e autismo. Criado por Low, o aparelho seria uma alternativa aos eletrodos e cabos usados em laboratórios e coletaria dados em tempo real enquanto o paciente faz coisas comuns do dia a dia - como ver TV ou dormir.

"A ideia é que Stephen possa usar a sua mente para criar um padrão consistente e repetível para o computador traduzir em, digamos, uma palavra ou letra ou um comando", diz o pesquisador ao jornal The New York Times.
Os cientistas viajaram para o escritório do britânico em Cambridge e colocaram o aparelho em Hawking. Eles então pediram para que o físico imaginasse que estava apertando uma bola com a mão direita. "Claro que ele não consegue movimentar sua mão, mas o córtex motor no seu cérebro ainda pode emitir o comando e gerar ondas elétricas", diz Low. Um algoritmo conseguiu distinguir os pensamentos de Hawking das ondas cerebrais que não interessavam.
A ideia tenta ajudar o famoso físico britânico a continuar se comunicando. Após cinco décadas de luta contra a doença, Hawking agora precisa de sensores cada vez mais precisos para captar seus cada vez mais diminutos movimentos faciais. Low espera assim ajudar uma das mentes que mais fascinam o mundo atual a não ficar presa ao próprio corpo, que deve perder em breve a capacidade de movimentar os poucos músculos da face que ainda comanda.[Fonte: Terra]

Cérebro diferente pode explicar facilidade de homens em exatas



Pesquisa concluiu que homens pensam mais com a área cinzenta do cérebro, enquanto mulheres usam mais a parte branca do órgão
Foto: Getty Images
Em uma sala de aula de qualquer faculdade de informática, física, engenharia ou matemática, é evidente a predominância de estudantes do sexo masculino. Em compensação, cursos de comunicação e letras têm vagas preenchidas por mulheres, na sua maioria. Essa facilidade em uma ou outra área pode ter origem também biológica.
Segundo Bruno Campello de Souza, professor do pós-graduação no programa de psicologia cognitiva da Universidade Federal de Pernambuco, homens e mulheres têm algumas diferenças anatômicas no cérebro, o que pode explicar algumas diferenças funcionais - no caso, a facilidade para exatas. "Os homens vão ter vantagens em relação a raciocínio espacial e geométrico. De um modo geral, são melhores em tarefas geométricas", exemplifica.
Por outro lado, mulheres aprendem a ler e escrever mais cedo e, em geral, conta Souza, "são mais eficientes em tarefas envolvendo palavras e significados". Elas também têm maior facilidade de recuperar a fala depois de acidentes com traumas em regiões responsáveis por essa função. Isso não tem explicação científica definitiva, mas estudos mostram que homens têm o cérebro bem maior do que as mulheres - com algo em torno de 4 bilhões de neurônios a mais -, enquanto o corpo caloso, parte responsável pela comunicação entre os hemisférios cerebrais, é mais desenvolvido nelas. "A gente imagina que essas diferenças anatômicas devam resultar em diferenças funcionais, mas de que maneira não está claro ainda", conta o pesquisador.
Um estudo feito pela Universidade da Califórnia e pela Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, aponta que uma das razões pelas quais homens e mulheres teriam diferentes desempenhos nas áreas de humanas e exatas pode, sim, ser biológica. A pesquisa concluiu que homens pensam mais com a área cinzenta do cérebro, enquanto mulheres usam mais a parte branca do órgão. A cinzenta é a área mais relacionada com o processamento de informações, e a branca, com a comunicação.
Outro ponto interessante apontado por Souza é que até certa idade escolar, perto do fim da infância, meninas apresentam desempenho mais satisfatório em todas as áreas, inclusive nas exatas, mas que esse quadro se inverte quando chega a puberdade. Ricardo Camelier, professor de matemática da escola e do cursinho pré-vestibular QI, do Rio de Janeiro, diz que percebe, em geral, um maior empenho das meninas em sala de aula e, consequentemente, melhores notas. Ele, que também leciona no curso de física da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirma que há ainda uma predominância masculina nas faculdades ligadas às exatas.
Ainda que haja mais facilidade masculina nas disciplinas de matemática e física, Souza deixa claro que fatores culturais e outras variáveis como o ambiente no qual a criança se desenvolve são determinantes na hora de escolher um curso superior.
Portanto, a maior facilidade em uma área não é a questão mais importante na hora de escolher uma carreira. Ele dá um exemplo próximo: "Eu tenho uma irmã mais nova que é engenheira. Geralmente, as meninas não se interessam por isso, mas como nasceu em uma família de engenheiros, ela fez engenharia, mestrado na área, e agora faz doutorado no Canadá. Então, esse elemento ambiental exerce grande influência".[Fonte: Terra]