quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Por que nós bocejamos?

Para que serve o bocejo? Antes de respondermos essa pergunta, vamos falar sobre o que é isso.  É uma ação involuntária que faz com que nossa boca se abra e inspire ar profundamente. Esse ar preenche os pulmões e faz com que os músculos abdominais se flexionem, pressionando o diafragma para baixo.  Ele acaba quando você expele um pouco desse ar pela boca. Pesquisas demonstram que até os fetos o fazem, provando que é realmente involuntário. Então, por que bocejamos? 

A causa é debatida há séculos e algumas teorias interessantes já surgiram, atribuindo o ato à falta de oxigênio ou, claro, ao sono e tédio. 

O estudo mais recente sugeriu que isso é uma forma de resfriar o cérebro. Outro estudo feito pela Universidade de Nova York, em Albany, em 2007, conclui que as pessoas o fazem  em situações em que o cérebro está mais sujeito a esquentar. Essa pesquisa utilizou outro fenômeno curioso – o bocejo contagioso. Eles pediram aos participantes que ficassem sozinhos em uma sala e assistissem vídeos de pessoas se comportando de forma neutra, sorrindo ou abrindo a boca. Alguns participantes respiraram apenas pelo nariz, outros pressionaram bolsas frias contra a testa, ambas atividades que resfriam o cérebro. Nesses casos, o ‘contágio’ foi eliminado quase completamente, levando os pesquisadores à conclusão de que funciona como um mecanismo de resfriamento do cérebro. 

Isso nos leva a outra pergunta: ao contrário de outros reflexos, como tosse ou espirro, por que o bocejo é contagioso? A ciência acredita há muito tempo que é um sinal de empatia. Muitos estudos realizados suportam essa teoria. Um deles, especificamente, indicou que você está mais propenso a ‘se contagiar’ de alguém que é próximo de você – por exemplo, é mais provável que você ‘pegue’ do seu marido do que da mulher na fila do supermercado. Outra pesquisa mostrou que crianças com autismo (cujo senso de empatia é prejudicado) não têm capacidade de sentir essa vontade. A dificuldade pode estar ligada à deficiência nos neurônios, que reagem quando outra pessoa realiza uma ação. 

O mais interessante é que o ato não é comum no reino animal, porque a maioria dos animais não tem a mesma capacidade de empatia que as pessoas (exceto pelos chimpanzés). Os cães, entretanto, bocejam quando seus donos o fazem, sugerindo que sua empatia pelo ser humano é maior do que por outros animais (e qualquer dono de cachorro pode confirmar isso). 

Embora o bocejo pareça um fenômeno relativamente benigno, na verdade, em excesso pode ser um sinal de infarto ou sangramento na aorta, a principal artéria do coração. Se você está fazendo muito isso e sentir outros sintomas de ataque cardíaco, como a sensação de pressão no peito ou falta de ar, ligue para o resgate imediatamente. Claro, o excesso também pode significar apenas que você está muito cansado. Se for este o caso, tire uma soneca. [Fonte: Yahoo]

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